Abelhudos, vamos falar um
pouquinho de saúde. Vi uma amiga postar algo, no Face, que me deixou bem
abelhuda (curiosa) e logo fui pesquisar o assunto – óleo de Canola. Fala-se
tanto neste óleo sendo ele um dos mais caros do mercado (digo para utilizar na
cozinha). Afirmam-se veementemente que tal óleo é excelente para a saúde. Antes de iniciar o comentário em si vamos conferir
a cotação dele em 19/05/14 (baseando valores em Goiânia):
Óleo de soja (900ml) – R$ 2,89
Óleo de milho (900ml) – R$
5,99
Óleo de azeite extra virgem
(500ml) – R$ 14,80 (em minha opinião o melhor)
Óleo de canola (900ml) – R$ 7,98
Linda a lavoura de canola, vê aí ao lado? Esse nome até legal - CANOLA -
nada mais é que uma sigla vinda de Canadian Oil Low Acid,
que se refere ao azeite de colza de baixo teor em ácido erúcico. Se formos pesquisar “canola” não consta em enciclopédias. Então saiba que o vegetal Canola não existe. O que existe na natureza é a planta colza.
A colza é da família das
mostardas e até pouco mais de 40 anos atrás não era utilizada para consumo
humano, uma vez que, possuía uma certa concentração de ácido tóxico em sua
forma original. Hoje, depois de muitos cruzamentos desta planta, chegou-se à
conhecida canola que tem seu azeite utilizado para fabricação de sabões, velas,
batons, tintas, óleo lubrificante, combustível e serve como repelente para algumas
pragas. Mesmo a planta modificada tem
seu grau de toxidade ainda que diminuído no decorrer dos vários cruzamentos.
Pelas pesquisas que fiz
acredita-se que o óleo tenha efeito cumulativo em humanos e que leve até dez
anos para começar a se manifestar. Dr. Lair Ribeiro informa que a colza causava problemas de coração nas pessoas (essa é a planta que originou a canola). Assustador não é? Quem iria pensar isso de um dos óleos mais caros e
considerados excelentes à saúde? Vale lembrar
que a produção da canola é bem barata, no entanto, por causa de interesses
econômicos as estratégias comerciais para encarecer este produto foram muito
bem sucedidas. Continuemos, pois cada um irá fazer suas pesquisas e tirar
suas próprias conclusões – viva a liberdade de pensamento!
A Canola que se consome hoje é
totalmente modificada. Esses alimentos com
genética modificada tem em torno de trinta anos de exploração, apenas. Fica
difícil acreditar que em tão pouco tempo de pesquisa já se saiba com toda
certeza os danos que podem ou não trazer à saúde humana. Alguns dos prejuízos geneticamente
modificados podem ser: câncer, resistência a antibióticos, reações alérgicas e
outros.
No final de 2012 uma pesquisa
francesa, que ligava milho transgênico ao câncer, causou polêmica onde se
verificou o aumento triplicado de tumores em ratos de laboratório. Esta
pesquisa foi feita num prazo de dois anos. Um mês após a divulgação duas
comissões francesas rejeitaram a pesquisa dizendo que os tumores não poderiam
ter vindo do milho transgênico. A coisa ficou no ar e nós (como sempre) sem
saber da verdade.
A Canola foi produzida pela
primeira vez no Canadá na década de 70 e subsidiada pelo governo. No Brasil, chegou na mesma década e da lá pra
cá sua área de plantio foi crescendo lentamente.
Só pra registrar, em abril
deste ano, a Associação Brasileira de Produtores de Canola informou que a área
de Canola no Rio Grande do Sul cresceu em 20% com relação ao ano de 2013.
Esta era a informação que
gostaria de deixar hoje e lembrar que tudo que lemos devemos pesquisar com
afinco e vários locais. Daí tem como tirarmos alguma conclusão ou gerar uma
opinião mais sólida.
Nunca cheguei a usar o óleo de Canola; independente de informações tinha minhas reservas. Fora isso amo azeite de oliva. De qualquer forma se as pesquisas e especulações tiverem fundamentos estamos usando tal óleo que está sendo adicionado em alguns alimentos sem que saibamos a princípio. Soube também que a indústria costuma utilizar desodorizadores na fabricação do óleo de canola.
P.S.: Na cotação de valores falo que considero o óleo de oliva o melhor dos óleos comestíveis
porque ele é prensado a frio, os demais não são.
A extração pelo calor é o método que faz os muitos nutrientes serem destruídos. Já nos grãos prensados a frio, ocorre a
extração mecânica de óleo mais preservado uma vez que não é submetido a altas
temperaturas e acréscimo de alguma outra substancia. Por esse motivo é melhor adquirir óleo prensado
a frio, neste caso faço largo uso aqui em casa de azeite de oliva extra virgem
(quanto maior a porcentagem maior seu valor nutritivo).
Janei Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário